O tratamento cirúrgico de cranioestenose é indicado em diversas situações clínicas, especialmente quando há risco de complicações neurológicas ou estéticas significativas. Abaixo, listamos os cenários mais frequentes em que a intervenção cirúrgica se faz necessária.
Pacientes com fechamento prematuro de uma única sutura craniana, como a sagital (escafocefalia), metópica (trigonencefalia) ou coronal (plagiocefalia anterior), geralmente requerem correção cirúrgica para evitar deformidades cranianas permanentes e possíveis impactos no desenvolvimento cerebral.
Condições como Síndrome de Apert, Crouzon ou Pfeiffer frequentemente envolvem múltiplas suturas afetadas, exigindo abordagens cirúrgicas mais complexas para aliviar a pressão intracraniana e melhorar a função respiratória e visual.
Quando a cranioestenose leva a sinais de hipertensão intracraniana—como dor de cabeça persistente, vômitos ou papiledema—a cirurgia torna-se urgente para prevenir danos neurológicos irreversíveis.
Em casos onde há evidências de atraso no desenvolvimento psicomotor devido à restrição do crescimento cerebral, a intervenção precoce pode melhorar significativamente o prognóstico.
Além dos aspectos médicos, a correção cirúrgica também pode ser recomendada para melhorar a simetria facial e prevenir problemas secundários, como dificuldades na mastigação ou alinhamento ocular.
O diagnóstico preciso e o planejamento individualizado são essenciais para determinar a melhor abordagem cirúrgica, seja por técnicas minimamente invasivas ou procedimentos de remodelação craniana extensa.